sábado, 5 de maio de 2012


A língua portuguesa é difícil...

até para o amor!!!

AMÁ-LA ou AMAR-TE? 

O marido, ao chegar em casa, no final da noite, diz à mulher que já estava deitada :
- Querida, eu quero amá-la.
A mulher, que estava dormindo, com a voz embolada, responde:
- A mala... ah não sei onde está, não! Use a mochila que está no maleiro do quarto de visitas.
- Não é isso querida, hoje vou amar-te.
- Por mim, você pode ir até Júpiter, Saturno e até à merda, desde que me deixe dormir em paz...

sexta-feira, 4 de maio de 2012


POEMA

Quem sai primeiro? 

Os viadutos ou a transputaria!?...   

Colunas - 16/04/12 - 15h35            

Agora eu vi mermo
Uma jumenta mal amada
No meu cordel
Resolveu da uma esculhambada
Só porque eu afirmei
Que a cidade de PortoVelho está maltratada.

Jumenta!... Jumenta!... Jumenta!...
Movida pelos sentimentos animais
Eu já falei pra tu
Que a poesia não obedece regras gramaticais
Nem no Planeta Terra, nem no céu...
Nem nas cátedras das profundezas infernais.

Óh! Mula rampeira... estava estragado
O milho que você comeu
Seu comentário foi cocô puro
Até no jornal fedeu
Nem o Raimundo Nonato
Com seu conhecimento entendeu.

Sob ou sobre
Debaixo ou de riba
De lado ou de banda
Não tenho pretensão de ser o Máximo na escriba
Porém, a cidade de Porto Velho
Está mal paga e F...

Eu só me atrevi
Fazer um balanço da atual administração
Contribuir para o debate
E expressar minha opinião
Eu apenas comecei
Com um singelo cordel pra provocar o prefeito cascão.

Ontem eu fiz uma aposta maluca
Com seu Antônio da Padaria
Pra saber quem sai primeiro
Se são os viadutos ou se é atransputaria
Apostei quinhentos reais
Ganha a aposta quando uma dessas catrevagens
Forem concretizadas algum dia.

Segundo seu Antônio
Antes dos viadutos, sai a transputaria
Na visão do moagento
Vai sair nos próximos dias
Os viadutos vão ser implodidos
Desse estória eu não sabia.

Tonho como é conhecido
É um velho fuxiqueiro
É la das bandas do Ceará
Diz que o bigode do prefeito é de politiqueiro
Do tipo Justo Verissimo,personagem de Chico Anízio
Saudoso menestrel do humor brasileiro.

Porto velho vai ter viaduto depois de 2020
Afirma o velho agorento
Contra as palavras do ignorante
Não existe argumento
Só me restou uma saída
Propor uma aposta pra o cérebro de jumento.

Tonho da Padaria
É muito amigo do Deputado Pentelho
Ele repete tudo que o Deputado fala
O velho é ligeiro só tem a cara de coelho
Na cabeça dura do rabugento
O PT de Porto Velho não tem nada de vermelho.

Eu afirmei pra o conterrâneo do seu Lunga
Que primeiro sai os viadutos
Por que eu conheço o prefeito
Independente de divergência, reconheço ele como astuto
A brutalidade disse que eu só falava merda
E entrou pra dentro da Padaria resmungando e muito puto.

Eu só sou um cabra de palavra
Vou honrar o apostado
Em sua opinião... Quem sai primeiro?
A transputaria ou os viadutos inacabados?
Este ano eu quero que saia as duas coisas ao mesmo tempo
Ai! Eu poderei me considerar um portovelhenserespeitado.



Escrito por Francisco Pantera

Francisco Batista Pantera, Professor , Jornalista DRT 1078 , Poeta e dirigente do PCdoB. 
FONTE:http://rondonoticias.com.br/

segunda-feira, 30 de abril de 2012


Pronome oblíquo

Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função de complemento verbal, ou seja, objeto direto ou objeto indireto.

Sendo um pronome ele carrega consigo as características próprias a essa classe gramatical, ou seja, é uma palavra que pode:

* Substituir um nome
* Qualificar um nome
* Determinar a pessoa do discurso

Em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação na forma do pronome indica tão somente a função diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento verbal da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação tônica que possuem. Dessa forma eles podem ser:
Pronomes oblíquos átonos
Pronomes oblíquos tônicos
É importante conhecer algumas particularidades dos pronomes.
--------------------------------------…
Pronome oblíquo átono
São chamados átonos os pronomes oblíquos cuja acentuação tônica é fraca.
Os pronomes oblíquos apresentam flexão de número, gênero e pessoa, sendo essa última a principal flexão porque marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:

- 1ª pessoa do singular (eu):me
- 2ª pessoa do singular (tu):te
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
- 1ª pessoa do plural (nós):nos
- 2ª pessoa do plural (vós):vos
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
O lhe é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o pronome o ou a e preposição a ou para. Por acompanhar diretamente uma preposição, o pronome lhe exerce sempre a função de objeto indireto na oração. Os demais pronomes átonos em geral funcionam como objeto direto.
-------------------------------
Pronome oblíquo tônico

São chamados tônicos os pronomes oblíquos cuja acentuação tônica é forte.

Os pronomes oblíquos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal flexão porque marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado:

- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas

Os pronomes oblíquos tônicos sempre acompanham uma preposição, em geral as preposições a, para, de e com. Por esse motivo os pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto da oração.
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
A forma contraída dos pronomes tônicos (comigo, contigo, conosco e convosco) é obrigatória na construção dos pronomes de 1ª e 2ª pessoas do singular e do plural. As terceiras pessoas do singular e plural, por possuírem uma forma iniciada por vogal (ele, por exemplo), se apresentam separadas da preposição "com" (com ele, com elas e etc.).
Os pronomes oblíquos tônicos contraídos (contigo, por exemplo) freqüentemente exercem a função de adjunto adverbial de companhia (ex.: Ele carregava este nome consigo).

Fonte(s):

sexta-feira, 27 de abril de 2012

FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL

RESUMO

Mesmo considerando a existência de prioridades para a educação no âmbito nacional - como a universalização da alfabetização - os especialistas são unânimes em apontar os benefícios de um cuidado pedagógico com as crianças antes das séries iniciais do Ensino Fundamental. O presente trabalho tem o objetivo de analisar algumas das tendências teóricas que têm norteado a formação e atuação dos professores, em Educação Infantil, descrevendo fatores e realizando reflexões sobre a atualidade desse nível de ensino, desenvolvendo um paralelo entre a reformulação da formação inicial e a importância da formação continuada. Aborda teorias pedagógicas que subsidiam a leitura analítico-interpretativa da prática docente nesse nível de ensino. Promove uma reflexão sobre a importância da análise e obtenção de conhecimento, credibilidade, o crescimento pessoal e o profissional, alertando para a valorização dos profissionais que trabalham na área da Educação Infantil, para que através do conhecimento referente ao trabalho docente (dos seus limites, dificuldades e possibilidades), possa haver o crescimento qualitativo nessa área da educação. Desta forma conclui-se que a formação continuada em serviço é de fundamental importância para a problematização e para a prática reflexiva dos docentes, os transformado em aprendizes, que buscam o desenvolvimento de potencialidades e de uma atuação profissional coerente com as diversas realidades.

INTRODUÇÃO

   Este estudo iniciou-se a partir do entusiasmo que nutrimos pela profissão, tendo como base experiências próprias de trabalho com crianças de zero a seis anos, e também, a análise da problemática referente à formação e prática pedagógica na Educação Infantil. A preocupação primordial deste estudo é incentivar uma análise crítica sobre a ação didático-pedagógica realizada pelo docente no exercício do magistério na Educação Infantil. Análise essa, construída com base em algumas das principais tendências pedagógicas que influenciaram e influenciam esse nível de ensino, tais como FREINET (apud CABRAL, 1978); FROEBEL (apud CABRAL, 1978); KAMII, 1985; MONTESSORI, 1965. Estes teóricos possuem em comum a preocupação em relação ao desenvolvimento do ato de observação por parte dos professores.
  É visível a necessidade de se desenvolver um processo de reflexão e definição relativo ao que seja o universo da Educação Infantil, a fim de subsidiar positivamente os cursos de formação destes profissionais, para uma prática futura caracterizada e fundamentada pedagogicamente no direcionamento de finalidades significativas M para o desenvolvimento e realização integral da criança. 
   Ressaltando que, uma das preocupações no momento, é preservar a especificidade da área, construindo uma identidade própria para a Educação Infantil. Considerados como fenômenos tipicamente urbanos, relacionados à inserção da mulher no mercado profissional, os espaços criados para a Educação Infantil possuem o mérito inegável de colocar a criança em contato com um ambiente socialmente constituído, que extrapola o nicho familiar. O atendimento educacional nesses espaços caracteriza-se pela necessidade urgente de melhor delineamento que revele sua importância pedagógica para o desenvolvimento integral das crianças em idade anterior aos 07 anos, que, por sua vez, necessitam de permanente acompanhamento.
 Na prática, essa forma de acompanhamento constante, de aproveitamento de bons
momentos das crianças para facilitar e motivar a aprendizagem de novos conteúdos e utilização adequada de materiais parece não estar sendo objeto de preocupação por parte dos professores em exercício. É oportuno no momento atual direcionar os olhos para o processo de formação dos profissionais que atuam na Educação Infantil, atentando para a formação deficiente pela qual possam estar passando, que não lhes dá oportunidade de desenvolver os conceitos básicos e nem subsídios fundamentadores do seu próprio fazer, assim como não os fortalece no crédito do potencial de desenvolvimento, de realização da criança e no conhecimento deste processo.
   Descortinar, portanto, a formação e o trabalho docente realizados atualmente na Educação Infantil colocam-se como ponto de partida para que se possa conhecer e transformar a realidade desse nível de ensino em suas principais necessidades, tomando-os como fontes geradoras de dados e conhecimentos para futuros avanços.
  A formação da professora e do professor de Educação Infantil precisa se reverter para o que chamamos de profissionalização, no sentido pleno da palavra. Profissionalizar não é somente qualificar o professor, mas também possibilitar quele seja inserido numa condição de desenvolvimento, em que essa formação continuada reverta, a longo prazo, numa carreira, juntamente com melhores
condições salariais e de trabalho. Busca-se com o apoio da fundamentação teórica, fornecer indicadores da relevância do tema com o objetivo de favorecer a compreensão de como se articulam a
formação e atuação do (a) professor (a) de Educação Infantil.

1. ANÁLISE TEÓRICA DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM 
EDUCAÇÃO INFANTIL

  A formação dos profissionais de Educação Infantil, nos últimos tempos, tem recebido impetrados esforços, tanto por parte dos formuladores de políticas, quanto por parte dos meios acadêmicos e da sociedade civil organizada, objetivando alcançar reconhecimento quanto à peculiaridade desse nível escolar, dos conhecimentos necessários para sua atuação na área e dos prazos para que se efetue a formação preconizada na Lei. Um dos primeiros estudiosos a reconhecer a importância e o valor da infância para o desenvolvimento humano foi John Amos Cimênio, que fez uma analogia entre a formação da criança e o cultivo das plantas, revelada em sua obra Didática Magna: Comênio considera a criança um ser semelhante a uma árvore que para crescer e dar bons frutos necessita de cuidados logo cedo. Por isso, a formação humana deveria ser iniciada na infância. Comênio desenvolveu uma nova concepção de criança, em uma época onde a educação era baseada em castigos e voltada para a elite. (COMÊNIO, 1985, P. 127). O desenvolvimento e a difusão de idéias pedagógicas para a educação de crianças pequenas tiveram a contribuição de diversos estudiosos, dentre eles: Froebel (1782/1852), Maria Montessori (1870/1952), Célestin Freinet (1896/1966) e Constance Kamii (EUA).
   A natureza do trabalho do professor é cheia de complexidade e singularidade. As relações existentes no conjunto de sujeitos envolvidos no processo educativo são regidas por um contrato social ou, segundo Perrenoud (1997), um contrato didático, que confere ao professor uma autoridade advinda de sua posição e conhecimentos a serem comunicados. Porém, como hoje se sabe os conhecimentos não podem ser construídos por mera transmissão de conteúdos, mas por um conjunto de atitudes éticas que incluem o diálogo. Nesse contexto é que se problematiza a questão da formação em relação à atuação pedagógica.
  
1.1 A EDUCAÇÃO INFANTIL SEGUNDO FROEBEL


  No que se refere à Educação Infantil, Frederico Froebel pode ser considerado o Pedagogo da Infância, por ter priorizado em seus estudos o processo de desvendar a criança, conhecendo seus interesses, condições e necessidades, para assim adequar a educação, garantindo o desenvolvimento deste ser. Os estudos de Froebel são baseados numa teoria genética, de evolução orgânica.
Influenciado por Comênio, estabeleceu o paralelo entre a planta e o ser humano,que guarda dentro de si a semente que necessita de condições externas para aflorar e exteriorizar suas potencialidades.
 Para Froebel a educação é o processo pelo qual o indivíduo desenvolve a sua condição humana autoconsciente. É o ajustamento progressivo e contínuo do indivíduo em uma vida mais ampla que é sua e na qual deve encontrar-se, descobrir o seu próprio eu, a sua individualidade.A criança froebeliana é um ser repleto de potencialidades, sendo a infância a fase essencial da vida do homem e da humanidade, período em que a criança deve ser cuidada, para que possa se fortalecer, desenvolvendo seu potencial e sua essência.Seguindo a teoria froebeliana, a formação da professora de Educação Infantil deve prepará-la para ser o alicerce, a base do trabalho escolar, tendo como habilidadefundamental a observação, para assim poder acompanhar e analisar a adequação
das atividades propostas, com o intuito de desenvolver o potencial infantil.
   Segundo Froebel, a professora deveria torna-se a guardadora e a protetora da infância, com características claras: ser sábia, ter habilidades, ampla cultura, caráter moral e, principalmente, ser mulher. Esse conceito de vocação foi construído historicamente e aceito pelo professorado, de maneira a se perpetuar a ideia de que o magistério é uma carreira adequada à mulher, por suas características de docilidade e submissão. Inúmeros fatores influenciam a opção pela profissão e, consequentemente, pela formação inicial que, no caso da Educação Infantil, traz muito da mitificação do magistério como profissão feminina vocacional. Embora se constate que na realidade, a presença da mulher no magistério se deve muito mais às construções culturais e históricas ligadas à ideia de vocação, não se pode afirmar, incondicionalmente, que a tradição da mulher no magistério seja aceita sem críticas.
   Entre os principais fatores que explicam o alto índice feminino do corpo docente da Educação Infantil estão: questões de ordem financeira, somada às afetivas e pessoais, como a insegurança de iniciar uma carreira competitiva que exija conhecimentos mais aprofundados nas áreas das ciências exatas, que por sua vez, reflete a pouca/nenhuma socialização das mulheres para exercerem essas atividades. Socialização que valoriza certas áreas do conhecimento como masculinas e outras como femininas e que, na maioria das vezes, inicia-se na família, perpetuando-se na escola, para depois se estender à oferta e às oportunidades de trabalho.
  
1.2 A EDUCAÇÃO INFANTIL NA VISÃO DE MONTESSORI

   Para a doutora Maria Montessori, que desenvolveu a Pedagogia Científica, a educação tem por objetivo o desenvolvimento das energias da criança, forças estas inatas e interiores no ser, que se desenvolveriam mesmo sem o auxílio alheioA proposta pedagógica montessoriana baseia-se na educação sensorial e muscular,
orientadas por duas finalidades fundamentais a serem buscadas - a educação dos movimentos e da personalidade infantil. Ser professora montessoriana é antes de tudo, ter confiança no potencial infantil, acreditando que em ambiente preparado e adequado, com instrumentos e materiais pedagógicos específicos à etapa de desenvolvimento em que a criança se encontra, seu potencial aflorará e o indivíduo caminhará no sentido de buscar sempre o aperfeiçoamento do seu ser.
 De acordo com os princípios montessorianos, a dedicação da professora deverá estar totalmente voltada aos seus alunos, num trabalho calmo e paciente de acompanhamento e orientação dentro do ritmo individual de cada um, devendo ter acima de tudo uma formação moral.

1.3 O PROCESSO EDUCATIVO INFANTIL NA CONCEPÇÃO DE FREINET


  Já o processo educativo baseado na concepção de Célestin Freinet, preza o equilíbrio entre o indivíduo e o seu meio social; a vida liberada das amarras de autoridade e coerção às quais adultos e crianças, muitas vezes, estão submetidos; a exteriorização do ser, realizando o seu papel individual, social e político. De acordo com essa concepção, as paredes das salas de aula não devem ser vistas
como limites do processo, não deve haver separação entre a vida escolar e social. 
  A finalidade da proposta construída por Freinet é a busca da felicidade e realização positiva do ser, através do equilíbrio estabelecido entre o indivíduo e a sua vida, sua cultura e seu meio social. Para Freinet a educação deve ter como base quatro eixos: a cooperação para construir conhecimento; a comunicação para transmitir conhecimento; a documentação para registrar fatos históricos e a afetividade entre as pessoas.Em relação à formação do professor, Freinet considera o verdadeiro educador aquele que ultrapassa seu papel de vigilante autoritário, permitindo que o aluno
construa seu conhecimento em um “trabalho – jogo”, que deve estar coerente com suas necessidades sociais, valorizando-o enquanto pequeno trabalhador. (CABRAL,1978, p. 79).

1.4 O PROCESSO EDUCATIVO INFANTIL NA CONCEPÇÃO DE KAMII


  Constance Kamii, que trabalhou com Piaget na Escola de Genebra, traz uma perspectiva educacional de auxiliar o indivíduo num processo contínuo de conhecimento, a crescer escolhendo seus caminhos e procurando o melhor para a coletividade, num ambiente de cooperação e respeito mútuo. A educação, de acordo com a teoria de Kamii, deve processar-se em condições que possibilitem a criança o agir com liberdade e espontaneidade, numa interação dialética com seu meio ambiente, propiciadora de condições para o crescimento e desenvolvimento máximo das potencialidades do ser, onde a criança é concebida como sujeito construtor.
   Segundo a teoria de Kamii, a realização do trabalho docente exige do profissional o profundo conhecimento da criança, de como se processa o seu desenvolvimento, a construção do conhecimento, para poder facilitar, encorajar a criança a pensar ativa e autonomamente em todos os tipos de situações.
 A professora deve ser uma vigilante sempre atenta para poder explorar e tirar o máximo de proveito de todas as situações de sala de aula, incentivando as crianças a pensar, a relacionar idéias às coisas que já aprenderam. Tornar-se assim, a facilitadora da aprendizagem do aluno, através da problematização, dos desafios
que cria, dos questionamentos que oferece à criança.

 A calma, o respeito ao ritmo do aluno, ao seu tempo são características de uma professora que pretende promover a segurança, o domínio, à autonomia, o desenvolvimento integral do seu aluno. As propostas pedagógicas apresentadas possuem semelhanças e divergências. As finalidades da educação propostas por Froebel, Montessori, Freinet e Kamii priorizam o indivíduo, a sua liberdade para pensar, agir, estabelecer e responsabilizar-se por suas escolhas de modo a que satisfaça às suas necessidades pessoais, suas curiosidades infantis na ânsia de conhecer o mundo e a si mesmo.

CONCLUSÃO


  A formação e o trabalho docente praticados nas escolas, em especial nas públicas, é norteado por teorias como as que foram descritas anteriormente. O estudo dessas teorias revela a necessidade imprescindível de análise dos procedimentos de organização e planejamento do trabalho docente, para que se possa propor às crianças situações e ambientes adequados à sua realização e propícios ao seu desenvolvimento.
  Desta forma, outros caminhos de uma formação de professores reflexivos apontam para o desejo de superar a relação linear, mecânica, entre o conhecimento científico-técnico e a prática na sala de aula. Segundo essa concepção, o êxito profissional depende da capacidade de manejar a complexidade da ação educativa e resolver problema, por meio de uma interação prática.
 A ideia que adquiriu espaço nos dias atuais e que vem se solidificando é a de formação continuada em serviço, que deve assegurar "a atualização, o aprofundamento dos conhecimentos profissionais e a capacidade de reflexão sobre o trabalho educativo" (Referenciais para a Formação de Professores, MEC/Brasília, 1999) e, mais que tudo, é um processo que deverá ser realizado na escola com tempos reservados para estudos em grupo.
  Atualmente, o Ministério da Educação tem valorizado a formação continuada calcada na problematização e na prática reflexiva em grupos de estudos, por meio de diversos programas e do Programa Parâmetros em Ação. Se na escolha da profissão e nos cursos de formação estão presentes fatores como o da vocação e outras influências, é na formação continuada que se pode analisar como essa modalidade está mais próxima da tematização da prática cotidiana do que a formação inicial no sentido de modificar a atuação docente, para que o professor torne-se um aprendiz, fortalecendo seu próprio potencial e auxiliando a criança no desenvolvimento de suas potencialidades.


REFERÊNCIAS:

ARANHA, M. L. A. História da educação. 2 ed. rev. e atual. São Paulo: Moderna,1996.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: SEF/MEC, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação. Referenciais para formação de professores. Brasília: SEF/MEC, 1999.

CABRAL, M.T.C. De Rousseau a Freinet ou da teoria à prática; uma nova Pedagogia. São Paulo, HEMUS, 1978.

COMÊNIO, J.A. Didática magna - tratado de ensinar tudo a todos. Lisboa: Fundação Caloute Gulbenkian, 1985. 

KAMII, C.; D, R e. A teoria de Piaget e a educação pré-escolar. Lisboa: Sociocultur, 1985.

MONTESSORI, M. Pedagogia científica. São Paulo: Flamboyant, 1965.

PERRENOUD, P. Práticas pedagógicas, profissão docentee formação. Lisboa:D. Quixote, 1997.


PRESTES, M. L. de M. A pesquisa e a construção do conhecimento científico. São Paulo: Respel, 2002.






quinta-feira, 26 de abril de 2012

HISTÓRIA DE JI-PARANÁ

Significado do Nome

Ji-Paraná quer dizer “rio-machado”.
Ji (Machado) - Paraná (Grande Rio)
Nome de origem indígena.

Aniversário da Cidade

22 de novembro.

BANDEIRA                                                           BRASÃO
Bandeira de Ji-Paraná      Brasão do Município
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Histórico do Município




Em 1877 os primeiros colonos nordestinos ocupam a região. A principal atividade era a extração do látex da seringueira. Consta na mesma época a chegada dos primeiros missionários, que faziam os primeiros contatos e aculturação dos nativos e por necessidade, organizaram a primeira administração do emergente povoado.

Ate 1883 sob tutela dos missionários, Frei Iluminato, último administrador religioso da localidade, passou a responsabilidade às mãos do senhor Amâncio Farias da Cruz, morador do povoado, que assumiu a função de dar seqüência às ações administrativas.

De 1883 até 1900, ocorreu grande surto da atividade seringalista na região, principalmente às margens do rio Machado e do rio Urupá. O centro da administração, onde os seringalistas se encontravam para realizar seus negócios, era denominado "pouso redondo". O local posteriormente ficou conhecido como "Dois de Abril" e o lugarejo (atual Ji-Paraná), até o ano de 1909, ficou conhecido pelo nome de Urupá.

No ano de 1909 a chegada do Marechal Rondon à embocadura do rio Urupá, marca o local onde construiu a primeira estação telegráfica da região, denominada de Presidente Afonso Pena. A estação telegráfica passou a ser o centro administrativo da localidade, cuja importância foi delineada pela absorção gradativa do nome Urupá para o nome da estação telegráfica.
O crescimento econômico experimentado pela região, baseado principalmente na imigração atraídos pelo alto preço da borracha amazônica no mercado internacional, obrigou a administração local dar melhor estrutura física e organizacional à estação telegráfica como pólo centralizador das ações administrativas em 1914.
A partir de 1912, por causa da produção de borracha no continente asiático, aconteceu a queda do preço do látex no mercado internacional, o que ocasionou a desvalorização da borracha amazônica. A redução da atividade econômica local motivou também a redução da população que saía em grande número em busca de novas fontes de renda.
Esse período de estagnação econômica durou até o ano 1950 com a descoberta de diamantes e o início da atividade garimpeira na região. Em 1943 o presidente, Getúlio Vargas, criou o Território Federal de Guaporé, instalando dois municípios (Porto Velho e Guajará-Mirim) e vários distritos, dentre eles o Distrito de Vila de Rondônia, pertencente ao município de Porto Velho, que se estendia desde a embocadura do rio Jaru, na sua margem direita e esquerda, indo até a nascente do rio Machado.
Vila de Rondônia, com cerca de 1.100 habitantes em sua sede distrital, recebeu em 1952 o primeiro administrador do Distrito, Sr. Abel de Oliveira Neves. A vila tomava novo impulso econômico com a então florescente atividade garimpeira, sem captar para si o desenvolvimento socioeconômico que daí poderia advir, visto que toda produção garimpeira era voltada à exportação, sem um controle adequado de retenção de divisas. Em 1956 o território muda de nome para Território Federal de Rondônia, o que ocasionava confusão na identificação da Vila com Território.
Em 1960, composta por uma população de um pouco mais de 1.600 habitantes, a vila recebeu com entusiasmo a determinação do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, da abertura de BR- 029, atual BR- 364. Com a abertura da estrada federal, o fluxo migratório da região se tornou mais acentuado, dando início à atuação do INCRA para organizar o processo de organização das terras.
Em 1977, através da Lei No. 6.448, de 11.10.77, o Presidente Ernesto Geisel, concede a criação do município de Ji-Paraná, Vila de Rondônia passou a se denominar Ji-Paraná, em homenagem ao rio que atravessava toda sua área de Sul para Norte, dividindo sua sede administrativa em dois setores urbanos distintos, conhecidos como primeiro distrito (zona norte) e segundo distrito (zona sul). Em 22 de novembro ocorreu então a instalação oficial do município com a designação do primeiro prefeito, Sr. Walter Bártolo.


Dados Gerais:
População Total do Município: 106.800(fonte: IBGE/2000)
Área Territorial: 6.897 km²Ano de Instalação: 1977 Microrregião: Ji-Paraná Mesorregião: Leste RondonienseAltitude da Sede: 170 m

Distância à Capital: 318,659 KmÍndice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0.753Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD.


HINO DE JI-PARANÁ
Compositor: Walter Bártolo


Tu foste Afonso Pena
Tu foste Urupá também
Tu foste Vila de Rondônia
Que teus filhos ainda hoje querem bem.
Porem a história criou
O município de Ji-Paraná
Com o brasileiro que aqui chegou
Com fé esperança e amor.
Avante Ji-Paranaense
Lutaremos com destemor ( bis )
Educando nossa juventude
E trabalhando com todo ardor.
Tuas terras , teus rios
E o povo ajudará
A dar a pátria um pujante município

que é o nosso Ji-Paraná.







HISTÓRIA SOBRE RONDÔNIA

História de Rondônia


O primeiro explorador europeu que teria alcançado o vale do rio Guaporé foi o espanhol Ñuflo de Chávez, de passagem entre 1541 e 1542.
Mais tarde, no século XVII, a região foi percorrida pela épica bandeira de Antônio Raposo Tavares, que, entre 1648 e 1651, partindo de São Paulo, desceu o curso do rio Paraná, subiu o rio Paraguai, alcançou o vale do rio Guaporé, atravessou o rio Mamoré, seguiu pelo rio Madeira alcançando o rio Amazonas, cujo curso finalmente desceu até alcançar Belém do Pará.
Tendo ainda alguns missionários se aventurado isoladamente pela região, no século seguinte, a partir da descoberta de ouro no vale do rio Cuiabá, os bandeirantes começaram a explorar o vale do Guaporé.
Por esse motivo, em 1748, as instruções da Coroa portuguesa para o primeiro Governador e Capitão General da Capitania do Mato Grosso, Antônio Rolim de Moura Tavares (1751-1764), foram as de que mantivesse - a qualquer custo - a ocupação da margem direita do rio Guaporé, ameaçada por incursões espanholas e indígenas, oriundas dos povoados instalados à margem esquerda desse curso fluvial desde 1743 (a saber: Sant'Ana, na foz do ribeirão deste nome; São Miguel, na foz do rio deste nome; e Santa Rosa, nos campos deste nome, depois transferida para o local onde foi conquistada por tropas portuguesas, na margem direita do rio Guaporé).
Rolim de Moura instalou a sua capital em Vila Bela da Santíssima Trindade (19 de março de 1752), tomando as primeiras providências para a defesa da Capitania que lhe fora confiada. Assim que atendeu as necessidades das demarcações requeridas pelo Tratado de Madrid (1750), em 1753 incursionou sobre a povoação espanhola de Santa Rosa Velha, na margem direita do Guaporé, e ali fez instalar um pequeno posto de vigilância (uma "guarda"), sem modificar o nome do local para evitar protestos dos vizinhos espanhóis. Mais tarde, diante da solicitação do governador de Santa Cruz de la Sierra para a imediata evacuação do posto, Rolim de Moura transformou a antiga Guarda em um forte, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição (Presídio de Nossa Senhora da Conceição) (1759).
Frente às renovadas incursões espanholas e aos rigores climáticos, em poucos anos este Presídio se encontrava em ruínas. Por estas razões foi reconstruído e posteriormente rebatizado pelo Governador Luís Pinto de Sousa Coutinho (1769-1772), com o nome de Forte de Bragança (1769), que, por sua vez em ruínas, foi substituído em definitivo pelo Real Forte Príncipe da Beira (1776).
Nesse período, em 1772, Francisco de Melo Palheta, partindo de Belém do Pará, atingiu sucessivamente o rio Madeira, o rio Mamoré e o rio Guaporé, alcançando Santa Cruz de la Sierra.
Com o declínio da mineração, e a Independência do Brasil, a região perdeu importância econômica até que, ao final do século XIX, com o auge da exploração da borracha, passou a receber imigrantes nordestinos para o trabalho nos seringais amazônicos.
O início da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em virtude da assinatura do Tratado de Petrópolis (1903), constituiu outro poderoso impulso para o povoamento.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Decreto-lei nº 5.812 (13 de setembro de 1943) criou o Território Federal do Guaporé, com partes desmembradas dos estados do Amazonas e do Mato Grosso.
Com uma economia baseada na exploração de borracha e de castanha-do-pará, pela Lei de 17 de fevereiro de 1956 passou a se denominar Território Federal de Rondônia, em justa homenagem ao sertanista Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon (1865-1958). A descoberta de jazidas de cassiterita e a abertura de rodovias estimularam a sua economia e o seu povoamento, passando este Território à condição de Estado a partir de 1982. Já naquela época, milhares de famílias que viviam na região aguardavam a distribuição de terras pelo Incra, situação que ainda não encontrou uma solução definitiva.

Localização

Localizado na parte oeste da Região Norte do Brasil, o Estado de Rondônia encontra-se em área abrangida pela Amazônia Ocidental. A maior parte do território do Estado de Rondônia encontra-se incluída no Planalto Sul-Amazônico, uma das parcelas do Planalto Central Brasileiro.

Limites
Norte :Estado do Amazonas
Leste e Sudeste : Estado de Mato Grosso
Sudeste: Estado de Mato Grosso e Bolívia
Oeste : Bolívia
Noroeste : Estados do Amazonas e Acre. 
Dados Geográficos
CapitalPorto Velho
Área (km²)237.576,167
Número de Municípios52
População Estimada 20071.453.756


RelevoO relevo do Estado é pouco acidentado, não apresentando grandes elevações ou depressões, com variações de altitudes que vão de 70 metros a pouco mais de 500 metros. A região norte e noroeste, pertencente à grande Planície Amazônica, situa-se no vale do rio Madeira e apresenta área de terras baixas e sedimentares. As áreas mais acidentadas encontram-se localizadas na região sul, onde ocorrem elevações e depressões, com altitudes que chegam a alcançar 800 metros na Serra dos Pacaás Novos, que se dirige de noroeste para sudeste e é o divisor entre a bacia do rio Guaporé e as bacias dos afluentes do rio Madeira (Jaci-Paraná, Candeias e Jamari).

Solo

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) identificou no Estado de Rondônia, 186.442 km² de solos aptos para lavouras, 8.626 km² para pastagem plantada e ainda 6.549 km² com possibilidades de utilização para silvicultura e pastagem natural.

Hidrografia

A rede hidrográfica do Estado de Rondônia é representada pelo rio Madeira e seus afluentes, que formam oito bacias significativas: Bacia do Guaporé, Bacia do Mamoré, Bacia do Abunã, Bacia do Mutum-Paraná, Bacia do Jacy-Paraná, Bacia do Jamari, Bacia do Ji-Paraná e Bacia do Aripuanã. O rio Madeira, principal afluente do rio Amazonas, tem 1.700 km de extensão em território brasileiro e vazão média de 23.000 m3 por segundo. É formado pelos rios Guaporé, Mamoré e Beni, originários dos planaltos andinos, e apresenta dois trechos distintos em seu curso, denominados Alto e Baixo Madeira.

O primeiro trecho, de 360 km, até as proximidades da cidade de Porto Velho, capital do Estado, não apresenta condições de navegabilidade devido à grande quantidade de cachoeiras existentes. São 18 cachoeiras ao todo, com desnível de cerca de 72 metros e índice de declividade da ordem de 20 cm a cada quilômetro. O Baixo Madeira, trecho em que o rio é francamente navegável, corre numa extensão de 1.340 km, a partir da Cachoeira de Santo Antonio até sua foz, no rio Amazonas.
O trânsito fluvial entre Porto Velho e Belém, capital do Estado do Pará, é possível durante todo o ano nesta hidrovia de cerca de 3.750 km, formada pelos rios Madeira e Amazonas. Através do rio Madeira circula quase toda a carga entre Porto Velho e Manaus, capital do Estado do Amazonas, principalmente os produtos fabricados nas indústrias da Zona Franca de Manause destinados aos mercados consumidores de outras regiões.

O rio Guaporé, em todo o seu percurso, forma a linha divisória entre o Brasil e a Bolívia, apresentando condições de navigabilidade para embarcações de pequeno e médio calados na época da vazante. A bacia do Mamoré ocupa área de 30.000 km² dentro de Rondônia e, juntamente com a bacia do Guaporé forma uma rede hidroviária de capital importância para o Estado, que utiliza a hidrovia como seu principal meio de transporte e comunicação.
O rio Mamoré nasce na Bolívia e recebe o rio Beni, ocasião em que forma também a linha fronteiriça do Brasil com a Bolívia. É navegável a embarcações de médio calado em qualquer época do ano. A bacia do rio Mutum-Paraná ocupa superfície de 8.840 km² e é de importância apenas relativa para o Estado, servindo principalmente como via de penetração para o interior.
O rio Abunã é importante por ser responsável pela demarcação da linha divisória dos limites internacionais entre Brasil e Bolívia no extremo oeste do Estado. A área de abrangência de sua bacia hidrográfica é de aproximadamente 4.600 km² numa região onde o grande número de cachoeiras e corredeiras dificulta a navegação. A bacia do rio Jaci-Paraná se estende por 12.000 km²e apresenta as mesmas características do rio Mutum-Paraná.
O rio Jamari tem grande significação econômica para Rondônia, por ter sido represado para a formação da primeira usina hidrelétrica do Estado e servir como importante via de transporte de passageiros e cargas na região compreendida entre os municípios de Porto Velho e Ariquemes. Sua bacia ocupa área de 31.300 km² aproximadamente.
O rio Ji-Paraná é o mais importante afluente do rio Madeira em Rondônia, dada a longa extensão de seu curso, que corta todo o Estado no sentido sudeste/nordeste. Seu complexo hidrográfico abrange superfície de aproximadamente 92.500 km². Embora tenha 50 cachoeiras e corredeiras ao longo de seu percurso, em alguns trechos o rio apresenta-se navegável, atendendo ao escoamento dos produtos oriundos do extrativismo vegetal na região.
A bacia do rio Aripuanã está localizada na região sudeste do Estado e ocupa área de aproximadamente 10.000 km². Seus rios são extremamente encachoeirados, oferecendo grande potencial hidrelétrico, mas se encontram, em sua maioria, dentro de áreas indígenas, não podendo, portanto, ser explorados.

Clima

O clima do Estado de Rondônia é equatorial e a variação da temperatura se dá em função das chuvas e da altitude. As temperaturas médias anuais variam entre 24 e 26º C, podendo as máximas oscilar entre 28 e 33º C e as mínimas chegar a 18 ou 21º C nas regiões de maior altitude, no município de Vilhena. A precipitação anual varia de 1.800 a 2.400 mm. A menor queda pluviométrica ocorre no trimestre de junho a agosto, sendo o período de dezembro a maio o mais úmido.

Parques e Reservas Naturais
Com o objetivo de proteger a natureza e garantir a preservação ambiental de extensas áreas não habitadas, o Governo Federal passou a criar parques e reservas naturais na região Amazônica. O Parque Nacional de Pacaás Novos foi criado em 1979 e ocupa área de 765.000 hectares (1.913.000 acres) nos municípios de Porto Velho, Guajará-Mirim, Ariquemes e Ji-Paraná. Com extensa área de plateau coberta por espessa vegetação de cerrado, nele se encontra a Chapada dos Pacaás Novos, na região oeste do Estado.

Na fronteira com o Estado de Mato Grosso às margens do rio Ji-Paraná, encontra-se a Reserva Biológica Nacional do Jaru, com área de 268.150 hectares (670.375 acres), também criada em 1979.
Na região sul do Estado encontra-se a Reserva Natural de Guaporé, que cobre uma área de 600.000 hectares (1.500.000 acres). O acesso à região é feito por barco. Dentro da reserva, a três dias de viagem da cidade de Guajará-Mirim, podem ser visitadas as ruínas do forte Príncipe da Beira, construído no século XVIII pelos colonizadores portugueses.

Existe ainda no Estado a Reserva Extrativista Rio Ouro Preto, que abrange área de 204.583 hectares, localizada nos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré e a Reserva Ecológica Nacional Ouro Preto do Oeste, com área de 138 hectares, no Município de Ouro Preto do Oeste, região sudoeste do Estado.

Gentílico
Rondoniano.

Hora local
-1h em relação a Brasília.



CAPITAL DO ESTADO - PORTO VELHO


O início do povoamento se deu efetivamente a partir de 1907, depois da assinatura do Tratado de Petrópolis ( 17 de Novembro de 1903 ) em que o Brasil se comprometia com a Bolívia em construir uma estrada de ferro que ligasse a fronteira boliviana do rio Mamoré, onde hoje está a cidade de Guajará Mirim, até a cabeceira navegável do rio Madeira, hoje Porto Velho.
Em contrapartida o Governo boliviano passava para o Brasil as terras do extremo oeste que formam hoje o Estado do Acre. A Bolívia necessitava escoar sua produção para a Europa e Estados Unidos e por não ter oceano o meio mais viável à época era rumo norte, via os rios Mamoré, Madeira, Amazonas e Oceano Atlântico. Entretanto a dificuldade dessa navegabilidade estava nos Rios Mamoré e Madeira, pois em seus leitos haviam vinte e três cachoeiras, impossibilitando qualquer empreitada.
Sem estradas e diante do problema, a ferrovia era a saída. Foi então que o Brasil concessão para se construir uma ferrovia em plena selva amazônica margeando todo o leito dos rios: a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré ( EFMM ), nome que referenciava os dois rios a serem ligados.

Vieram, então, para cá cidadãos de diversas nacionalidades, entre eles ingleses, norte-americanos, caribenhos e asiáticos, todos determinados a desbravar essa fronteira e a construir a maior obra humana na Amazônia Ocidental.

Como a melhor tecnologia era a estrangeira, eles chegaram prontos a construir uma estação completa, dotada do que havia de básico e imprescindível para o bom andamento do empreendimento e o bem-estar de seus usuários. Com a chegada dos trabalhadores e o desenvolvimento, a pequena vila de Santo Antônio da Madeira, situada a 7 km ao sul do porto Madeira, ao passar dos anos foi gradualmente se transferindo para as proximidades da nova estação central. Nascia, então, a cidade de Porto Velho.

O nome Porto Velho tem sua origem exata ainda não comprovada historicamente. A primeira versão é de que o nome se deu em função de um antigo agricultor que morava nas proximidades do local, chamado "Velho Pimentel", o qual tinha um pequeno porto onde as embarcações que se destinavam à Vila de Santo Antônio atracavam. Era o "Porto do Velho", e, portanto, mais tarde "Porto Velho".
A segunda hipótese é a de um ponto de apoio e estratégico deixado pelo Exército brasileiro durante a Guerra do Paraguai, quando essa fronteira se encontrava desguarnecida. A guerra acabou e o ponto logístico ficou, restando apenas a denominação "Porto Velho".

As instalações do complexo ferroviário crescia, a renda per capta era alta, o comércio vigoroso e o fluxo de estrangeiros intenso. Foi o que bastou para o pequena cidade chamar a atenção de nações distantes com interesses especiais: um pequeno povoado em franco desenvolvimento, uma estrada de ferro e um eldorado latente em plena selva brasileira.

Em 2 de outubro de 1914, Porto Velho era conhecida político-administrativamente como Município e em 13 de setembro de 1943 como capital de novo Território Federal do Guaporé, que mais tarde, em 17 de fevereiro de 1956, passava a se chamar de Território Federal de Rondônia, em homenagem ao Marechal Cândido da Silva Rondon.

Em 10 de Abril de 1979 chegava para governar o então Território, o Coronel Jorge Teixeira de Oliveira, o último Governador do Território e o primeiro do Estado.

Jorge Teixeira tinha a missão de transformar Rondônia em Estado, preparando o Território e organizando a capital Porto Velho para receber os poderes constituídos. O eldorado estava aberto: foi a explosão demográfica mais impressionante no Brasil da época, Porto Velho finalmente se consolidara como capital forte e próspera da última fronteira do país.


A origem do nome
Desde meados do sec. XIX, nos primeiros movimentos para construir uma ferrovia que possibilitasse superar o trecho encachoeirado do rio Madeira (cerca de 380km) e dar vazão à borracha produzida na Bolívia e na região de Guajará Mirim, a localidade escolhida para construção do porto onde o caucho seria transbordado para os navios seguindo então para a Europa e os EUA, foi Santo Antônio do Madeira, província de Mato Grosso.

As dificuldades de construção e operação de um porto fluvial, em frente aos rochedos da cachoeira de Santo Antônio, fizeram com que construtores e armadores utilizassem o pequeno porto amazônico localizado 7km abaixo, em local muito mais favorável. Era chamado por alguns de "porto velho dos militares", numa referência ao abandonado acampamento da guarnição militar que ali acampara durante a Guerra do Paraguai (essa guarnição ali estivera como precaução do Governo Imperial contra uma temida invasão por parte da Bolívia, aparentemente favorável a Solano Lopes).

Em 15/01/1873, o Imperador Pedro II assinou o Decreto-Lei nº 5.024, autorizando navios mercantes de todas as nações subirem o Rio Madeira. Em decorrência, foram construídas modernas facilidades de atracação em Santo Antônio, que passou a ser denominado "porto dos vapores" ou, no linguajar dos trabalhadores, "porto novo".

O porto velho dos militares continuou a ser usado por sua maior segurança, apesar das dificuldades operacionais e da distância até S. Antônio, ponto inicial da EFMM. Percival Farquar, proprietário da empresa que afinal conseguiu concluir a ferrovia em 1912, desde 1907 usava o velho porto para descarregar materiais para a obra e, quando decidiu que o ponto inicial da ferrovia seria aquele (já na província do Amazonas), tornou-se o verdadeiro fundador da cidade que, quando foi afinal oficializada pela Assembléia do Amazonas, recebeu o nome Porto Velho . Hoje, é a capital de Rondônia.